As pedras nos rins (cálculo renal) são condições muito prevalentes e podem aparecer em uma em cada dez pessoas ao longo da vida. Doenças e condições muito atuais como obesidade, pressão alta, diabetes e obesidade são fatores de risco para a formação de pedras nos rins.
Além disso, as pedras nos rins tendem sempre a se repetir e o paciente pode necessitar de diversas intervenções cirúrgicas e internações, reduzindo sua qualidade de vida, levando ao absenteísmo no trabalho e até a quadros de dor crônica, quando os cálculos não são devidamente tratados/investigados.
Mas, eles não são sempre iguais, de forma que há diversos tipos. Portanto, é fundamental saber do que é feito o cálculo renal, pois isso fará toda a diferença para o tratamento direcionado contra a sua formação. Como médica nefrologista, já alertei sobre esse assunto na mídia algumas vezes.
De forma geral, o cálculo renal se forma quando há excesso de alguma substância na urina como cálcio, oxalato e ácido úrico (originando cristais), ou quando falta citrato na urina, considerado um protetor contra a formação de cálculo.
Pedras nos rins: os tipos
Tudo isto pode ocorrer quando o pH (acidez) da urina se modifica. Quando ingerimos pouca água, urinamos pouco: esses cristais ficam saturados na urina, formando os chamados cálculos. Os principais tipos de cálculo renal são: de cálcio, de ácido úrico, de estruvita, de medicamentos e de cistina.
Primeiramente, o cálculo de cálcio é o mais comum, representando 90% casos, podendo ser oxalato de cálcio (75%) ou fosfato de cálcio (15%). A baixa ingesta de água e de cálcio (isto mesmo, ingerir pouco cálcio) são fatores que levam a este tipo de cálculo.
Cuidado com as orientações antigas. Não corte o cálcio de sua dieta (leite e derivados). Estudos já comprovaram que a falta de cálcio na dieta pode estimular a formação de pedras e que, ao contrário do que se pensava, o paciente com cálculo deve ingerir uma quantidade normal de alimentos com cálcio por dia.
No entanto, o cálculo de ácido úrico é mais comum em homens e representa 8% de todos os casos. A dieta com purinas em excesso (frutos do mar e carnes) leva à maior produção de urato monossódico, que pode virar pedra. Esse tipo de pedra pode ter influência familiar.
Já no caso do cálculo de estruvita, que representa 1% dos casos, eles são raros, associados à infecção e os que mais crescem e podem bloquear os pontos do sistema urinário onde se encontram. Se não tratados, podem ocasionar perda da função dos rins.
Com incidências menores que 1%, existem também os cálculos de medicamentos (como os antivirais aciclovir e indinavir e o diurético triantereno) e de cistina (em pessoas com uma doença renal crônica chamada de cistinúria, que é uma doença genética famil
Quais as opções de tratamento?
Existem várias opções de tratamento para retirada de pedra, como: litotripsia Extracorpórea por Ondas de Choque (LECO) que quebra as pedras por ondas de choque aplicadas sobre a pele; ureterolitotripsia, procedimento em que as ondas de choque são aplicadas diretamente no cálculo através de um endoscópio (um tipo de cateter com uma câmera na ponta) inserido pelo orifício da uretra até o ureter; nefrolitotripsia percutânea, uma pequena cirurgia realizada através de um corte de 1 cm na pele da região lombar e introdução de um endoscópio para localizar o cálculo; e cirurgia aberta, que é pouco realizada nos dias de hoje.
É fundamental que o paciente siga o protocolo de tratamento orientado pelo médico!