Por: Caroline Reigada, nefrologista de Santos com presença na mídia, especialista em medicina interna pela Irmandade da Santa Casa de Misericórdia de São Paulo e em nefrologia pelo Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP e médica do corpo clínico do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP)
Recentemente, escrevi um artigo na revista Veja sobre a importância de iniciar a triagem para doença renal após os 35 anos. Esse é um assunto urgente.
Obesidade, hipertensão e diabetes são três fatores que estão aumentando a incidência da doença renal no mundo. Além disso, populações mais idosas tendem a sofrer mais com ela: a incidência aumenta para 46% dos indivíduos acima dos 64 anos.
No artigo, que você pode acompanhar clicando nesse link, explico que a doença renal crônica deve ser uma prioridade de saúde pública no mundo, já que o problema pode ser mortal e dispendioso.
Como muitas pessoas não sabem que têm a doença até que ela atinja um grau avançado, todos, após os 35 anos, deveriam fazer exames de triagem para identificar problemas renais. O teste de albuminúria, que indica a presença de albumina, um tipo de proteína, na urina, é um indicador de doença renal, por exemplo.
A triagem em larga escala, além de garantir maior sobrevida se a doença for identificada, ajuda a controlar a progressão da doença em estágio inicial, evitando que o paciente tenha que se submeter a diálise.
É possível entrar com medicações, como os inibidores da ECA (enzima conversora de angiotensina), os bloqueadores dos receptores da angiotensina e as glifozinas que têm demonstrado efeitos na diminuição da progressão da doença renal crônica até o estágio final, atuar na dieta e orientar o paciente na questão de vacinação.
Como nefrologista que atende em Santos e São Paulo, tenho uma grande preocupação em alertar a população sobre tudo que envolve os rins, como você pode ver nas minhas matérias na mídia.